quinta-feira, 22 de março de 2012





SANDRO BOTTICELLI




Quem foi Botticelli foi um dos mais importantes artistas do Renascimento Cultural. Italiano, nasceu no ano de 1445 e morreu em 1510.

Desde jovem, dedicou-se à pintura mostrando grande talento para as artes. Em suas obras seguiu temáticas religiosas e mitológicas.

Este importante artista resgatou, de forma brilhante, vários aspectos culturais e artísticos das civilizações grega e romana. Chegou também a fazer retratos de pessoas famosas (príncipes, integrantes da burguesia e nobres) da época.

As pinturas de Botticelli são marcadas por um forte realismo, movimentos suaves e cores vivas.

Uma de suas obras mais conhecidas, até os dias de hoje é “O Nascimento de Vênus”, que o pintor fez no ano de 1485. Nesta linda obra, observamos a valorização das forças da natureza, o realismo e o resgate da mitologia romana.

Principais obras de Botticelli (pinturas):

- O Nascimento de Vênus
- A Primavera
- A Adoração dos Magos
- O Castigo dos Rebeldes 
- A Tentação de Cristo 
- Retrato de Dante Alighieri
- Nastagio Degli Onesti
- A Coroação da Virgem
- O Inferno de Dante
- Virgem com o Menino e dois Santos 
- As provações de Moisés 

Pintura - O Nascimento de Vênus (1483/1485)

O nascimento de Vênus é sem dúvida umas das pinturas mais conhecidas em toda a História da Arte. Figura até nos dez centavos do euro italiano. Já foi reproduzida à exaustão, mas sempre encanta e tem mais, por muito que seja conhecida, é um soco na boca do estômago vê-la, ao vivo, nos Uffizzi.
Foi encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco de' Medici, sobrinho de Lorenzo, o Magnífico, em conjunto com outras obras do pintor, “Primavera” e “Atenas doma o centauro”, para decorar a Villa di Castello na campanha florentina. Hoje, as três se encontram na Galleria degli Uffizzi.
A deusa Vênus surge da espuma do mar, nua em uma concha que é impelida e acariciada pelo sopro de Zéfiro, o vento fecundador, que aparece abraçado a Clóris, a ninfa que com ele simboliza o ato físico do amor. Nas margens da ilha de Chipre, a favorita da deusa, uma das ninfas que preside às mudanças das estações oferece à deusa um manto todo florido para protegê-la.
Faz parte das obras neoplatônicas de Botticelli: nessa tela ele descreve, segundo o relato mitológico de Ovídio, o conceito de amor como força motriz da natureza. As cores claras e puras, as formas refinadas e nítidas, as linhas elegantes e harmoniosas, o leve movimento das águas, o perfil do horizonte, os mantos inflados pelo vento, se sublimam na nudez casta e pudica da deusa. É a exaltação da beleza clássica e, ao mesmo tempo, da pureza da alma.

Botticelli sublima a pureza formal sem insinuar o que tem de material. Para obter esse efeito, exalta a plasticidade dos corpos e leva ao limite a sensação de movimento: são as linhas que se mexem, as figuras estão paradas. Isso talvez explique a emoção intelectual que seu estilo nos causa.
Como em todas as obras do artista, a simbologia é importante. Aqui ele funde os novos ideais cristãos com a grandeza do mito clássico. Não é por acaso que o manto oferecido à deusa é cor de rosa, e que as flores são açucenas, o que representa na História da Arte a “virgem rainha dos céus”. Já os ramos de murta são a concessão do artista à ideia da “Vênus Sagrada”, da qual essa planta era o símbolo.
É frase conhecida que quem não sabe fazer, ensina... Pois bem, muitos críticos de arte vêm um defeito na perspectiva desse quadro: as figuras pairam sobre uma cena plana, sem profundidade, e por isso muitos deles julgam que essa não é a obra prima de Botticelli, e sim “Primavera”, que mostramos ontem. Eu só digo:?
Acervo Galleria degli Uffizzi, Florença
Fontes: http://www.sandrobotticelli.net/Birth-of-Venus-(La-Nascita-di-Venere).html